Ainda era 'menino', uns 18 anos de idade, quando comecei a participar de movimentos sociais. Primeiro, estudantil, depois, sindical e popular. Entre os movimentos populares, como estudante/estagiário, junto com o amigo (hoje jornalista e professor da Facomb-UFG), assessorei a Federação Goiana de Inquilinos e Posseiros e o Movimento Nacional de Luta pela Moradia, à época tendo como referências políticas em Goiás o companheiro Ronnie Barbosa (PT), Vidal Barbosa e Maurício Beraldo (hoje vereador pelo PSDB).
Era final da década de 1980. Destes e outras centenas de movimentos que 'pipocavam' no pós ditadura militar, surgiu o embrião da Coordenação Nacional dos Movimentos Populares. A iniciativa visava unificar as lutas gerais dos mais variados movimentos sindicais e populares, de modo a que não ficassem somente nas bandeiras corporativas.
Atualmente, além da CUT, integram a Coordenação dos Movimentos Sociais outras 29 entidades nacionais, entre elas MST, CMP, UNE, UBES, ABI, CNBB/OS, Grito dos Excluídos, Marcha Mundial das Mulheres, UBM, CNTE, Intervozes, FUP, entre outras (lista completa no final deste post).
Como se dizia em 1988: "uma andorinha só não faz verão". A história mostrou que vale a pena lutar junto, realizar sonhos e avançar na construção de um outro mundo possível.
Cláudio Marques.
A Coordenação dos Movimentos Sociais realizará sua 9ª plenária nacional nesta sexta-feira (25) a partir das 9h30 na sede central da Apeoesp, na capital paulista.
Segundo Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT e representante da Central na CMS, a plenária cumpre o papel de potencializar as lutas populares, ao somar pluralidade e diversidade de visões de mundo que convergem para um objetivo único.
“A existência da CMS é extremamente frutífera, representando um amadurecimento coletivo das entidades sindicais, de trabalhadores rurais e urbanos, estudantis, comunitárias, femininas e da negritude que, sem abrir mão de seus projetos e concepções, se unem para pavimentar um caminho comum de defesa dos interesses do povo brasileiro”, declarou Rosane.
Esta unidade na diversidade, enfatizou, é a maior riqueza da CMS, que tem cumprido um papel chave, seja no enfrentamento ao retrocesso neoliberal, como ocorreu recentemente durante o processo eleitoral, seja na defesa de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuição de renda e ampliação de direitos.
Para Rosane, o agravamento da crise econômica e financeira que tem como centro os países desenvolvidos vai exigir ações mais efetivas do Estado brasileiro, que deve ampliar os investimentos nas áreas sociais e fortalecer políticas públicas. “Nossa agenda é a que saiu vitoriosa das urnas: mais salário, mais empregos e mais direitos. Discordamos frontalmente do corte de recursos, da suspensão de concursos públicos, da elevação dos juros e do freio à expansão salarial, anunciados recentemente pela equipe econômica. Nosso compromisso é com a melhoria das condições de vida e trabalho dos brasileiros e brasileiras e isso se faz com um Estado indutor, que exerça protagonismo no combate às injustiças”, sublinhou.
A dirigente cutista lembrou que além da pauta nacional, o tema da solidariedade internacional também terá importante papel nos debates da plenária. Rosane frisou que no último Fórum Social Mundial, realizado em Dacar, capital do Senegal, de 6 a 11 de fevereiro, a assembleia dos movimentos sociais convocou já para o próximo 20 de março um dia mundial de luta contra a multiplicação das bases militares dos Estados Unidos, de solidariedade com o povo árabe e africano, e também de apoio à resistência palestina e saharauí.
Além da CUT, integram a Coordenação dos Movimentos Sociais as seguintes entidades: MST, CMP, UNE, UBES, ABI, CNBB/OS, Grito dos Excluídos, Marcha Mundial das Mulheres, UBM, Conem, Unegro, MTD, MTST, Contee, CNTE, Conam, UNMP, Ação Cidadania, Cebrapaz, Abraço, CGTB, Intervozes, CNQ, FUP, Sintap, ANPG, CTB, CMB e MNLN.
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