Jornalista e escritora Cátia Moraes ministrou, em Goiânia, o curso “O livro-reportagem". |
Você sabe como se faz um livro-reportagem? Eu não sabia mas agora posso afirmar que estou preparado para o desafio de escrever um livro com o mínimo de conhecimento sobre como fazer para publicá-lo. Participei do curso de extensão “O livro-reportagem: modos de fazer, técnicas e ética (s) a refletir e possibilidades de publicar”, promovido pela PUC Goiás.
Éramos cerca de 30 pessoas. Tivemos a honra de aprender (e também ensinar, por quê não?, considerando que a educação é sempre uma via de mão dupla) com a jornalista, escritora e professora carioca Cátia Vieira Moraes. Profissional com ampla experiência em jornal, televisão, roteiros, documentários e textos institucionais, ela é também pós-graduada em Mercado Editorial pela PUC-RJ e autora de quatro livros: “Como é gostoso o meu inglês”, “Eu tomo antidepressivo, graças a Deus!”, “Absolvendo a Cinderela – ou o direito de voltar a ser mulher” e “Dona de casa – a profissão invisível”.
Grandes autores
Pela manhã percorremos o universo da escrita e a importância do leitor, um breve histórico acerca da área autoral, jornalismo e literatura no Brasil, do século XIV até o terceiro milênio. De muita simpatia e fácil comunicação, Cátia Moraes abordou a temática com opiniões próprias, mas também ancorada em renomados autores, como: Jorge Luis Borges, Nelson Rodrigues, Walter Wellesley “Red” Smith, Machado de Assis, Gabriel Garcia Marques, Jean Paul Sartre, Umberto Eco, Mario Vargas Llosa, Carlos Drummond de Andrade. Pensadores como Michel Foucault e Carl Marx, entre outros, também foram objeto do curso.
O polêmico e fascinante, Nelson Rodrigues Foto: airantunes.com.br |
Georges Canguilhem: "não há verdades primeiras, só erros primeiros" Fonte: suplementocultural.blogspot.com |
A turma enriqueceu muito o curso. Fizemos debates acalorados sobre a linha tênue que separa a “quase-ficção” do livro-reportagem, questões éticas envolvendo autor e entrevistados, o que se deve e pode divulgar.
Raul Seixas e Paulo Coelho: eternos malucos belezas. Fonte: abril.com.br |
Também aprendemos e/ou aprofundamos o conhecimento sobre técnicas de entrevista, com casos concretos vividos pela escritora.
Casos
Cátia Moraes contou em detalhes o processo de criação (pessoal e intransferível) de dois de seus livros: “Eu tomo antidepressivo, graças a Deus!” (2008) e “Como é gostoso o meu inglês” (2010). Reforçou a ideia de que, em geral, todo livro revela um pouco (ou muito) de nossas vidas e só tem razão de ser se for assim.
Sensibilíssima, a autora viveu na carne quase todas as questões tratadas nos dois livros. O primeiro, resultado de caso de depressão na família e dela própria. Cátia Moraes cuidou de si, por meio da medicina e de terapia. Quis dividir esta experiência com o leitor, grande parte suscetível a essa doença , mais do que nunca presente na vida das pessoas do nosso mundo contemporâneo.
Autores em ebulição
Servidores públicos, estudantes, assistentes sociais, radialistas, jornalistas e outros profissionais, descobrimos ser presentes e futuros escritores e escritoras. Se não de pompa, no mínimo respeitáveis “anônimos futebol clube”. Alguns, já com livro “no prelo” (como se dizia antigamente). Quase todos, meu caso, com projetos na cabeça ou no papel, dependendo apenas de um empurrãozinho técnico para viabilizar seu sonho e dividí-lo com o público leitor.
Clics Cerradania
Uma delas tem texto pronto de um livro sobre os seus dez anos de trabalho na área ambiental e fez o curso interessada em saber o passo seguinte. Outra, estudou profundamente a vida de uma pessoa. “Essa personagem tomou conta de mim, às vezes escrevo sem parar”, confidenciou a escritora sobre sua obra, mistura de realidade e ficção.
O curso, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (PROEX) da PUC Goiás, foi realizado no sábado, 14 de maio de 2011, em Goiânia.
Clics Cerradania
Crédito fotos: Cláudio Marques e Regina Magnabosco
Acesse à galeria completa, com 37, no meu Facebook:
Cláudio Marques Duarte
62 8543 3293
Twitter: @claudio_mduarte
Facebook: claudiomduarte
Cláudio,
ResponderExcluirParabéns pela matéria. Excelente descrição de momentos interessantes que passamos no último sábado. Se você tiver alguma foto minha e puder me encaminhar eu agradeço.
Abraço,
Luiz Novo
P.S. Eu era o "auxiliar de audiovisual" e corinthiano... rssss
Cláudio, I dont't believe!!!!!!!! Que bela matéria e que generosidade com a professora, rs...
ResponderExcluirAmeeeei o nome do blog, muito criativo, e já virei seguidora.
E ameeeei, sobretudo, a nossa turma, todos vocês, interessados, interessantes, alto nível intelectual sem serem pretensiosos. Com certeza, daí surgirão alguns escritores. E estarei torcendo muito por isso!!! Com direito a muitas exclamações, que me perdoe o nosso grande Graciliano (risadas).
Um abração pra você e Regina!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Muitíssimo obrigado, Luiz. Não havia me esquecido de você de modo algum. Acho que na hora da edição das várias fotos, sem querer, deletei a sua. Me desculpa tá? Mas agora ela já tá lá, como deveria. Reencaminharei a tod@s esta informação, ok? Se vc tiver Facebook, no blog, final da matéria, deixei o para as 37 fotos (a sua, aliás, tá lá, desde ontem à noite).
ResponderExcluirCátia, fico feliz e com maior responsabilidade para, como dizia a nossa poeta Cora Coralina, "fazer bem feito, tudo o que tiver que ser feito". O nome Cerradania tem origem numa tese de doutorado de Horácio Antunes, sociólog e professor amigo meu, relacionada à Amazônia. Ele estudou a Florestania, modo de vida dos povos da floresta, especialmente seringueiros. No meu caso, a referência Cerradania tem a ver com o nosso bioma, um dos mais importantes do planeta, por ser o "berço das águas" do Brasil e estar sob risco de extinção. Grande abraço.
Pois é, Cláudio, conheço o termo Florestania (aliás, trabalhei muito com ele na época da Fundação Roberto Marinho) e por isso achei muito interessante o Cerradania. E essa frase de Cora Coralina is the best!!!
ResponderExcluirGo ahead, ou, vamo que vamo!!!
Saudações rubro-negras
Com essa profe maravilhosa, o curso só pode ter sido maravilhoso também.
ResponderExcluirRejane querida, você por aqui, também... rs. Dimaisdaconta. Obrigada pelo carinho, amiga!!!
ResponderExcluirFoi tão bom e estou sentindo que reina entre nós um gostinho de quero mais... que venha a segunda edição do curso!
ResponderExcluirOi, Reginaaaaaaaaaaaaa!!! Nossa, essa tchurma só me dá alegria, rs...
ResponderExcluirInscrevi meu curso para o 2º semestre na PUC-Goiás. Só que é preciso no mínimo 30 alunos para que seja realizado(coisa pra caramba!). Vamos ver se dá certo.
Beijão
Olá Claudio,
ResponderExcluirAdorei seu Blog e o nome então D+++++++++
Vc retratou muito bem o nosso curso Livro Reportagem na Puc Goiás (14/05/11)....
Parabéns! Pena que foi só um dia.......ainda tínhamos muito para sugar da nossa sensível e competente professora......kkkkk Foi um ótimo intensivo....deu p/ clarear bem as idéias....
Muito sucesso p/ vc! Grd Abç! Márcia Sahb
Oi, Márcia, obrigado. Que tal vc criar o grupo da turma na internet? A gente troca informações e se aproxima mais, quem sabe vira amigos para sempre. Abraço.
ResponderExcluirViva!! Sim boa idéia.... Facebook é uma boa néh....Mil abraçossssssss!
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