A I Oficina de Jogos Teatrais para atletas de BASQUETE da AEGB, é notícia de uma página inteira do caderno especial POPESPORTE, do jornal O Popular, edição desta segunda-feira, 11.02.2013.
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Cláudio Marques.
Pontos de desenvoltura
Técnicas de conscientização corporal do teatro auxiliam atletas em treinos da modalidade
Nem só de bons atletas, repetição de fundamentos e treinos táticos se arquiteta uma equipe vencedora. A construção de um time, de certa forma, inclui “fraternidade”. Por pensar assim, o presidente da Associação Esportiva Goiana de Basquete (AEGB), Cláudio Marques, decidiu incorporar ao cotidiano de 20 atletas das categorias masculinas, de 15 anos a 19 anos, que treinam na instituição, uma oficina de jogos teatrais, que utiliza as técnicas de conscientização corporal, dança contemporânea e capoeira.
Segundo Cláudio Marques, a intenção dessa atividade é “fortalecer a autoestima, reduzir a timidez” e aproximar os alunos. “Para se ter um grupo, tem de ter muita química”, avalia. A oficina de “corpo, expressão, ritmo e movimento” começou a ser ministrada há uma semana, pela arte-educadora Lenita Caetano, que elaborou o projeto. “Os jogos teatrais (técnicas de exercícios do teatro) ajudam qualquer pessoa. Então, pensei que com eles (atletas) não seria diferente”, argumenta Lenita.
A atriz já fez trabalhos similares com crianças e jovens. Para lidar com jogadores de basquete, porém, ela elaborou analogias entre o teatro e o cotidiano do esporte – dia-a-dia de treinamentos, competições e valores de cidadania. Depois, colocou em prática dinâmicas que exigem dos alunos a concentração e disciplina. “Adolescentes têm dificuldades de se concentrar e isso acontece muito nos treinos. No teatro, a gente trabalha muito a concentração. Tem de ter foco”, explica Lenita.
A professora admite que, a princípio, houve certa estranheza, risadinhas e comentários. Mas, logo fez os garotos se livrarem de seus preconceitos e expôs exercícios de contato, memória e improvisação. “Em quadra, às vezes não é possível realizar o que foi treinado e é preciso improvisar”, argumenta.
Também houve atividades para os atletas entenderem melhor o corpo e o espaço que eles podem ocupar. “Isso ajuda no posicionamento”, pontua Cláudio, que acompanhou a oficina das arquibancadas do ginásio da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), na BR-153, em Goiânia, onde os alunos costumam treinar.
A arte-educadora Lenita Caetano tem um aluno favorito, quando ministra os jogos teatrais para os alunos do basquete da AEBG:seu filho, João Pedro Caetano, de 16 anos. Ele participou pela primeira vez de atividades conduzidas pela mãe. “Santo de casa nunca faz milagre. Ele nunca foi fazer aula comigo, porque não gostava das aulas. Mas esse dia (primeira oficina), ele fez questão. No final, ele falou que foi legal. ‘Foi massa’”, relembra a mãe Lenita.
Uma das referências para se desenvolver as oficinas de jogos teatrais na AEGB foi a experiência entre atletas de basquete de Joinville (SC) e integrantes do Balé Bolshoi. A integração ajudou jogadores a aumentarem a amplitude dos saltos. Reportagem veiculada no canal SporTV mostra que o balé pode ser incorporado à rotina de preparação de modalidades como “boxe, a ginástica artística, tênis, basquete e salto triplo”.
O projeto de conscientização corporal deve atender todos os 50 alunos – de 8 anos a 19 anos, divididos em seis categorias – da AEGB. “Essa clínica vai agregar a formação dos atletas”, explica o presidente da instituição, Cláudio Marques, que enfatiza a preocupação com os preceitos de cidadania. A associação vive de contribuições de parceiros. Os alunos até 14 anos pagam até 40 reais mensais pelas aulas.
Matéria publicada no caderno POPESPORTE do jornal O Popular, em 11.02.2013.
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