Continua dando 'pano para a manga' meu comentário crítico (veja em http://cerradania.blogspot.com/2011/04/sem-criterios-transparentes-e-tecnicos.html e em http://cerradania.blogspot.com/2011_04_01_archive.html) sobre os critérios de seleção da equipe que, a partir de hoje, representa a Seleção Goiana do Campeonato Brasileiro sub-15 de basquete.
O técnico da Associação de Basquete de Anápolis (ABA), que também é técnico da seleção goiana sub-15, Moisés da Silva, me enviou um email no qual justifica porque não selecionou nenhum atleta da equipe que ficou em segundo lugar no campeonato, em 2010: a AEGB. Detalhe, com jogo extremamente apertado, na final e tendo tido uma única derrota. Publico, abaixo, a pedido, a versão dele dos fatos para em seguida tecer alguns comentários:
E-MAIL DO TÉCNICO DO ABA E DA SELEÇÃO GOIANA SUB-15:
"Respeito a sua opinião, mas o senhor esta equivocado em muitas colocações.
O campeão goiano de 2010 nesta categoria é a ABA, consequentemente é a base do sub 15. No sub 17 AEGB tinha 03 atletas, nenhum momento houve boicote ao seus atletas, no sub 15, o unico atleta que tem condição neste momento de atuar na seleção era o Leandro e Vitor Hugo, um esta fora do estado e o outro foi convidado mas não mostrou interesse. A sua opinião sinto que é como um pai que esta ferido, o senhor não esta analisando a situal real, pelo que vejo o vosso filho com certeza ira jogar basquete, mas no futuro, no momento não. O senhor sabe que em 2010 a AEGB boicotou a federação tirando o tecnico de atuar no sub 19, pergunto para o senhor isto é ceto???? Tenho 25 anos de basquete ja vi muitos pais igual ao senhor por perto, mas quando passa a idade do seu filho nas categorias de base, voces nunca mais aparece. Com trabalho tendo resultado ou não sempre trabalharei com basquete. Minha opinião é pessoal e instransferivel."
Enviado por Moisés da Silva, por e-mail para claudiomduarte@ig.com.br
MINHA TRÉPLICA
Antes de mais nada, Moisés, agradeço o respeito e a consideração em me responder. Vamos aos fatos:
No e-mail, você, que é o técnico do ABA, diz que escolheu a maioria dos atletas do seu time (ABA) porque a equipe foi a campeã do campeonato ano passado. Até ai, aceitável. Pergunto: é certo a equipe segunda colocada não ser sequer sondada ou nenhum atleta ser observado para possível convocação? Pergunto ainda: mesmo que a decisão "técnica" fosse de não selecionar ninguém, não caberia mesmo que por medida formal de uma instituição (estamos falando da Seleção Goiana de Basquete!), dialogar com a e/ou com o técnico da AEGB? No entanto, você reduziu a importância do debate e desqualificou minha crítica por eu ser pai de atletas - qual é o problema? Quiçá todo filho tivesse um pai presente em suas vidas! Você disse: "A sua opinião sinto que é como um pai que está ferido". Você chega a falar que eu somente estaria preocupado com a questão no momento e prevê que no futuro, "quando passar a idade do meu filho nas categorias de base", nunca mais aparecerei.
De fato sou apaixonado pelo meu filho (qual pai normal, não é?), mas também fui jogador durante 12 anos de minha vida, dos 10 aos 22 anos de idade. Atuei e fui campeão várias vezes pelo Jóquei Clube de Goiás. Fui vice-campeão de Jogos Universitários. E também joguei pela seleção goiana de basquete. Quando deixei de jogar em campeonatos oficiais (categoria adulto), nunca deixei de frequentar, primeiro o Jóquei Clube e depois disso, até hoje, o Clube Jaó, onde sempre que posso bato-bola com os veteranos de lá.
Tenho um irmão, Reid Duarte, que até 1984 jogou pelo Jóquei Clube de Goiás e pela seleção goiana. E de 1984 até o começo da década de 1990, jogou em vários clubes de São Paulo. Outro irmão, Sérgio Duarte, também jogou pelo Jóquei e pela seleção goiana.
Com humildade, acho que tenho condições técnicas e discernimento suficiente para saber separar as 'bolas'. Sem considerar o meu filho, pra eu não ser passional ou agir como um "ferido" (como vc acha que fiquei), considero, sim, que atualmente a AEGB tem pelo menos dois atletas (além de um dos meus dois filhos) em condições de disputar um lugar na seleção goiana sub-15. Mas também deixo claro que se o critério fosse absolutamente técnico e não político, claro que você, Moises, ou outro treinador deveria ter total autonomia para escolher seus jogadores. Mas não tenho dúvida de que se o critério fosse mesmo 100% técnico - e não político -, a AEGB não teria sido excluída sem qualquer satisfação que justificasse.
Quando faço a crítica, não a faço a você, enquanto pessoa, mas principalmente à instituição que você, investido do cargo de Técnico/Treinador, representa. Me refiro, principalmente, à Federação. Uma instituição precisa ter métodos baseados no interesse público (a Federação é entidade privada mas de "interesse público", segundo a legislação vigente). Em tese, a Federação deveria tornar públicas as suas ações, todas as suas ações. Informar os clubes e associações e a imprensa sobre as convocações de seleções. Atuar republicanamente, como requer a ética, mas também o direito.
Já ouvi pessoalmente de um grande amigo e hoje aliado da federação (respeito-o por isso, embora não entenda), que a questão é mesmo de birra política, da Federação (não me refiro aqui, a você). Lamentável.
Quanto ao futuro, como diz o ditado popular: "O futuro a Deus pertence". Se vou ou não, pra sempre, atuar como membro ou dirigente da AEGB no futuro, isso não importa no momento. Importa que agora, neste momento, sou um cidadão e tenho direito de reivindicar que uma instituição, embora privada, mas DE INTERSSE PÚBLICO, segundo a lei, aja e se comporte como tal. Não é só a mim que a Federação deve satisfação, mas a toda a sociedade, que paga seus impostos em dia e, por meio deles, financia muito do que é realizado pela Federação Goiana de Basquete.
Com respeito,
Cláudio Marques
O técnico da Associação de Basquete de Anápolis (ABA), que também é técnico da seleção goiana sub-15, Moisés da Silva, me enviou um email no qual justifica porque não selecionou nenhum atleta da equipe que ficou em segundo lugar no campeonato, em 2010: a AEGB. Detalhe, com jogo extremamente apertado, na final e tendo tido uma única derrota. Publico, abaixo, a pedido, a versão dele dos fatos para em seguida tecer alguns comentários:
E-MAIL DO TÉCNICO DO ABA E DA SELEÇÃO GOIANA SUB-15:
"Respeito a sua opinião, mas o senhor esta equivocado em muitas colocações.
O campeão goiano de 2010 nesta categoria é a ABA, consequentemente é a base do sub 15. No sub 17 AEGB tinha 03 atletas, nenhum momento houve boicote ao seus atletas, no sub 15, o unico atleta que tem condição neste momento de atuar na seleção era o Leandro e Vitor Hugo, um esta fora do estado e o outro foi convidado mas não mostrou interesse. A sua opinião sinto que é como um pai que esta ferido, o senhor não esta analisando a situal real, pelo que vejo o vosso filho com certeza ira jogar basquete, mas no futuro, no momento não. O senhor sabe que em 2010 a AEGB boicotou a federação tirando o tecnico de atuar no sub 19, pergunto para o senhor isto é ceto???? Tenho 25 anos de basquete ja vi muitos pais igual ao senhor por perto, mas quando passa a idade do seu filho nas categorias de base, voces nunca mais aparece. Com trabalho tendo resultado ou não sempre trabalharei com basquete. Minha opinião é pessoal e instransferivel."
Enviado por Moisés da Silva, por e-mail para claudiomduarte@ig.com.br
MINHA TRÉPLICA
Antes de mais nada, Moisés, agradeço o respeito e a consideração em me responder. Vamos aos fatos:
No e-mail, você, que é o técnico do ABA, diz que escolheu a maioria dos atletas do seu time (ABA) porque a equipe foi a campeã do campeonato ano passado. Até ai, aceitável. Pergunto: é certo a equipe segunda colocada não ser sequer sondada ou nenhum atleta ser observado para possível convocação? Pergunto ainda: mesmo que a decisão "técnica" fosse de não selecionar ninguém, não caberia mesmo que por medida formal de uma instituição (estamos falando da Seleção Goiana de Basquete!), dialogar com a e/ou com o técnico da AEGB? No entanto, você reduziu a importância do debate e desqualificou minha crítica por eu ser pai de atletas - qual é o problema? Quiçá todo filho tivesse um pai presente em suas vidas! Você disse: "A sua opinião sinto que é como um pai que está ferido". Você chega a falar que eu somente estaria preocupado com a questão no momento e prevê que no futuro, "quando passar a idade do meu filho nas categorias de base", nunca mais aparecerei.
De fato sou apaixonado pelo meu filho (qual pai normal, não é?), mas também fui jogador durante 12 anos de minha vida, dos 10 aos 22 anos de idade. Atuei e fui campeão várias vezes pelo Jóquei Clube de Goiás. Fui vice-campeão de Jogos Universitários. E também joguei pela seleção goiana de basquete. Quando deixei de jogar em campeonatos oficiais (categoria adulto), nunca deixei de frequentar, primeiro o Jóquei Clube e depois disso, até hoje, o Clube Jaó, onde sempre que posso bato-bola com os veteranos de lá.
Tenho um irmão, Reid Duarte, que até 1984 jogou pelo Jóquei Clube de Goiás e pela seleção goiana. E de 1984 até o começo da década de 1990, jogou em vários clubes de São Paulo. Outro irmão, Sérgio Duarte, também jogou pelo Jóquei e pela seleção goiana.
Com humildade, acho que tenho condições técnicas e discernimento suficiente para saber separar as 'bolas'. Sem considerar o meu filho, pra eu não ser passional ou agir como um "ferido" (como vc acha que fiquei), considero, sim, que atualmente a AEGB tem pelo menos dois atletas (além de um dos meus dois filhos) em condições de disputar um lugar na seleção goiana sub-15. Mas também deixo claro que se o critério fosse absolutamente técnico e não político, claro que você, Moises, ou outro treinador deveria ter total autonomia para escolher seus jogadores. Mas não tenho dúvida de que se o critério fosse mesmo 100% técnico - e não político -, a AEGB não teria sido excluída sem qualquer satisfação que justificasse.
Quando faço a crítica, não a faço a você, enquanto pessoa, mas principalmente à instituição que você, investido do cargo de Técnico/Treinador, representa. Me refiro, principalmente, à Federação. Uma instituição precisa ter métodos baseados no interesse público (a Federação é entidade privada mas de "interesse público", segundo a legislação vigente). Em tese, a Federação deveria tornar públicas as suas ações, todas as suas ações. Informar os clubes e associações e a imprensa sobre as convocações de seleções. Atuar republicanamente, como requer a ética, mas também o direito.
Já ouvi pessoalmente de um grande amigo e hoje aliado da federação (respeito-o por isso, embora não entenda), que a questão é mesmo de birra política, da Federação (não me refiro aqui, a você). Lamentável.
Quanto ao futuro, como diz o ditado popular: "O futuro a Deus pertence". Se vou ou não, pra sempre, atuar como membro ou dirigente da AEGB no futuro, isso não importa no momento. Importa que agora, neste momento, sou um cidadão e tenho direito de reivindicar que uma instituição, embora privada, mas DE INTERSSE PÚBLICO, segundo a lei, aja e se comporte como tal. Não é só a mim que a Federação deve satisfação, mas a toda a sociedade, que paga seus impostos em dia e, por meio deles, financia muito do que é realizado pela Federação Goiana de Basquete.
Com respeito,
Cláudio Marques
Twitter: claudio_mduarte
Facebook: Claudio Marques
Email: claudiomduarte@ig.com.br
Fone: 62 8543 3293
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ResponderExcluirConforme já havia comunicado neste espaço, todos os comentáris cujos autores os assumem serão publicados. Mas comentários de quem se apresenta como ANÔNIMO não merecem respeito.
ResponderExcluirEspero não ser necessário rastrear quem são os autores, que, com base na legalidade do Estado Democrático de Direito, poderão ser processados por calúnia e difamação.